É de manhã, quase nada consegue me deixar feliz pela manhã, mas consigo não ser aquele tipo de pessoa que quando você diz "Bom dia." quase te acerta um soco, alias eu detesto gente assim. O céu está azul, de brigadeiro, não vou lá fora, a luz quase me cega... hoje estou quase feliz!
Metade do que passa comigo não entendo e a outra metade não faço questão nenhuma de entender, faz parte do meu espirito de liberdade deixar que nem tudo tenha explicação, detesto surpresas, porém me agrada os mistérios. Outro dia me fizeram uma pergunta indecente, no estilo "daquilo que te é essencial", não faço ideia, pensei. Exatamente tudo em absoluto que me seja essencial também posso pacificamente viver sem. Lembrei de umas três pessoas, uns dois livros, meia duzia de objetos que gosto, alguns luxos que considero bastante e fiz aquilo que faço de melhor, cogitei e permaneci na dúvida, eis-me nua e crua.
Como pode? Achei tal pergunta muito capiciosa, haveria nela sucessivas intenções em me fazer cair e é quase certo que realmente caí! Não estava preparada. E agora estou perdida na resposta da qual apenas quero a pergunta. Serei forte e sobreviverei a essa tentativa de me iniciar no mundo da paranóia, não obstante, sigo no meu caminho árduo da efemeridade e todos os seus detalhes.
No mais, bom dia.